Texto de PAULO CLETO
DECEPCÃO E GRANDEZA
Difícil escrever um post técnico sobre a final. Aquilo foi um massacre. Uma vitória geralmente é algo que se pode explicar com um argumento aqui, uma consideração ali. O que aconteceu na Quadra Central de RG desafia explicações. Todos esperavam mais. Não há fã do tênis, e aqui não coloco os fanáticos para quem a lógica das coisas diz pouco, que não esperasse um partidaço neste domingo. O que se viu foi um jogo totalmente desequilibrado, quase uma aula, onde um tenista ditou as regras e o outro sequer tentou confrontá-lo.Escrevi anteriormente sobre os confrontos entre estes dois grandes tenistas, quando cheguei a ser criticado por alguns, que para Federer bater Nadal, nos dias de hoje, terá que mostrar uma vontade e uma determinação que não mostra há algum tempo. Vamos deixar algo claro, atualmente Federer tem um adversário de uma qualidade que não tinha nos últimos anos, quando deitou e rolou por cima da oposição.
Aos 22 anos, Nadal é um tenista mais completo e perigoso do que era um ano atrás, para não falar de mais tempo. Seus contra ataques são desconcertantes e fortes. Seus ataques - com aquele gancho de forehand, o golpe mais penetrante do tênis atual – conseguem acuar qualquer tenista. Ele é um expositor de fraquezas alheias. Hoje, após virar e começar a atacar, e foram raras às vezes que Federer conseguiu mudar a escrita do ponto, o espanhol é um espartano enfurecido. Cada dia mais forte, cada torneio mais focado, Nadal é o senhor representante do tênis-força da atualidade.
Muitos jovens devem estar investindo em preparo físico atualmente. Preparador de físicos está cheio por ai, o que não vejo crescendo em árvores são personalidades com essa mescla de competitividade, tenacidade, coragem e determinação. Essa a verdadeira forja do campeão-Nadal.No entanto, as qualidades do espanhol não explicam a apatia de Federer. Porque todo grande campeão deve ser capaz procurar soluções e de elevar seu tênis em circunstâncias adversas, e não simplesmente aceitar os ditados do destino e abandonar a luta, como vimos hoje.
Faltou estratégia, faltou tática, faltou determinação, faltou imaginação, faltou coragem para a luta, faltou a humildade que abre as portas da grandeza. Faltou muita coisa para uma partida que tinha tudo para ser grande e inesquecível e acabou não passando de mais um passeio.
E não sou só eu que acho isso. Pela primeira vez em minha vida vi uma estranha ausência de vibração por parte do campeão do torneio após o ultimo ponto da partida. E não me venham com o argumento de respeito por parte do espanhol, que há, e muito.
A vibração é um descarregamento emocional natural após uma quinzena de durezas e dificuldades que um GS exige e a final culmina. Aquela quase apatia foi como um gozo contido pela decepção da expectativa de algo que não aconteceu.
http://ultimosegundo.ig.com.br/esportes/opiniao/paulo_cleto/
Muitos jovens devem estar investindo em preparo físico atualmente. Preparador de físicos está cheio por ai, o que não vejo crescendo em árvores são personalidades com essa mescla de competitividade, tenacidade, coragem e determinação. Essa a verdadeira forja do campeão-Nadal.No entanto, as qualidades do espanhol não explicam a apatia de Federer. Porque todo grande campeão deve ser capaz procurar soluções e de elevar seu tênis em circunstâncias adversas, e não simplesmente aceitar os ditados do destino e abandonar a luta, como vimos hoje.
Faltou estratégia, faltou tática, faltou determinação, faltou imaginação, faltou coragem para a luta, faltou a humildade que abre as portas da grandeza. Faltou muita coisa para uma partida que tinha tudo para ser grande e inesquecível e acabou não passando de mais um passeio.
E não sou só eu que acho isso. Pela primeira vez em minha vida vi uma estranha ausência de vibração por parte do campeão do torneio após o ultimo ponto da partida. E não me venham com o argumento de respeito por parte do espanhol, que há, e muito.
A vibração é um descarregamento emocional natural após uma quinzena de durezas e dificuldades que um GS exige e a final culmina. Aquela quase apatia foi como um gozo contido pela decepção da expectativa de algo que não aconteceu.
http://ultimosegundo.ig.com.br/esportes/opiniao/paulo_cleto/
Fonte: Blog do PAULO CLETO
Um comentário:
Vejo que vc não perde mesmo um jogo de tênis,suas fotos são muito legais parabéns mi deu até inspiração para um desenho, não deixe de ver meu blog
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